O MACHISMO ESTRUTURAL E AS DIFICULDADES DA LIDERANÇA FEMININA
- kaiquelorentejorna
- 12 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
No brasil, segundo as Estatísticas de Gênero do IBGE, em 2019 as mulheres ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais e representavam apenas 16% dos vereadores eleitos.
O machismo estrutural é um conceito utilizado para descrever um grupo de comportamentos que reforçam a ‘imagem do homem hétero’, gerando desigualdade entre homens e mulheres. Ele está inserido na nossa sociedade e até mesmo no dia a dia, trazendo danos e problemas para o trabalho feminino, principalmente quando se trata de mulheres em cargos de liderança.
“Trabalhei por 17 anos em uma empresa aonde vários clientes que achavam que por ser homens eles poderiam mandar no comércio que a gente estava trabalhando”, relata a empresária Silvia Helena de Souza.
Frases como “quero falar com o gerente”, “isso é coisa de homem”, “homem não chora”. Apesar de parecerem frases comuns, fazem parte da estrutura machista que separa o que as mulheres podem fazer que não ultrapasse os feitos masculinos. E o que os homens podem fazer, desde que não tenha semelhaça com o que as meninas brincam, fazem ou trabalham.

Empresária Silvia Helena de Souza é entrevistada pelo Painel News
90% das cientistas premiadas disseram já terem vivenciado situação de preconceito ou outra forma de discriminação em razão de seu gênero de acordo com levantamento feito pelo Estadão.
"Os colegas de trabalho se sentem à vontade de serem invasivos com a vida das mulheres. Eu viajo muito para congressos e frequentemente escuto coisas como: ‘Mas seu marido deixa? Você trabalha demais, ele vai deixar você.’ Coisas que a gente nunca vai ouvir alguém perguntando para um homem", conta a matemática Jaqueline Mesquita, de 35 anos, professora da Universidade de Brasília em entrevista para o Estadão.
“Porque o homem acha que ele tem toda a sabedoria, que ele quem manda e ele quem faz, e não é bem assim, nós sabemos que nós somos a maioria, nós temos a maior inteligência, nós somos a força, realmente na casa, no trabalho, em onde nós estivermos. Eles só tem realmente a força bruta, que a gente não tem ainda, mas indo na academia a gente vai ter”, finaliza Silvia.
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